Dupla é condenada a mais de 20 anos por assassinato de ex-vereador morto a tiros em Porto Alegre
22/08/2025
(Foto: Reprodução) José Wilson da Silva foi morto em sua residência, em Porto Alegre
Arquivo pessoal
Dois homens foram condenados a mais de 20 anos pelo assassinato do capitão reformado do Exército e ex-vereador José Wilson da Silva, conhecido como “Tenente Vermelho”. O caso aconteceu em dezembro de 2021, em Porto Alegre. (relembre abaixo)
O júri terminou na tarde desta sexta-feira (22), após dois dias de julgamento.
📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp
Rafael Goulart foi condenado a 24 anos de reclusão em regime fechado. Já Deivid Mussoi Tubino recebeu pena de 21 anos, oito meses e 15 dias de prisão, também em regime fechado, além de 10 dias-multa. Ambos já estavam presos e iniciarão o cumprimento da pena imediatamente. Cabe recurso da decisão.
Os réus foram condenados por homicídio qualificado consumado.
A defesa de Rafael afirma que respeita a decisão dos jurados e irá "interpor o recurso de apelação. Foi um julgamento difícil e agora vamos trabalhar perante o Tribunal de Justiça".
A defesa de Deivid Mussoi Tubino afirma que irá "recorrer por entender que a decisão foi manifestamente contrária o prova dos autos" e que "o que ocorreu foi um crime patrimonial mal sucedido e não um homicídio a mando da companheira".
Outras duas rés no caso serão julgadas futuramente, devido à cisão processual.
Assassinato foi encomendado pela esposa, diz polícia
Julgamento do caso "tenente vermelho"
Relembre o crime
O caso aconteceu na madrugada de 10 de dezembro de 2021, na residência do ex-vereador, no bairro Partenon, em Porto Alegre. José Wilson da Silva foi morto a tiros aos 89 anos.
Conforme o Ministério Público do Rio Grande do Sul, os condenados teriam atuado de forma coordenada, simulando um roubo com a intenção de levar pertences da vítima. A entrada na casa ocorreu sem sinais de invasão, o que sugere que foram utilizadas chaves ou houve algum tipo de colaboração interna.
A denúncia também destaca que os réus tinham acesso a informações detalhadas sobre a rotina e os bens do idoso, que era conhecido por prestar auxílio a pessoas próximas.
O crime teria sido motivado por interesse econômico.
VÍDEOS: Tudo sobre o RS